Estar ou não estar apaixonado? Eis a questão!
São 6 da tarde e reparo que o meu telemóvel tem uma série de chamadas não atendidas da Isabel (nome fictício, escusam de tentar adivinhar!). Para além das chamadas, diexa uma mensagem evidente: "Tentei ligar-te uma série de vezes, onde andas? Preciso mesmo de falar contigo! Liga-me!". Começo a ficar assustada, a Isabel é sempre tão calma que parece ter sido nascida e criada com monges do Tibete.
- Estou, Isabel? O que se passa?
- Não sei bem...
Pausa. Ela liga-me seis vezes para dizer que não sabe bem o que está a acontecer... hummm.
- Estás bem?
- Não sei. Podemos falar? Vamos tomar café?
Minutos depois:
- Lembras-te de te ter falado no Miguel? (outro nome fictício, escusam de tentar adivinhar)
- Sim. (aquele que passava a vida a implicar com ela, por óbvia falta de coragem para lhe dizer que a adorava).
- Pois bem, o Miguel vai trabalhar para Itália e... não sei se quero que ele vá!
- Pois... mas tu sempre achaste que vocês eram só muito amigos!
- E somos, só que eu não quero que ele se vá embora.
- Claro, é porque continuas a achar que ele é só teu amigo!
- Não gozes comigo. Eu não sei bem o que fazer...
É nestas alturas que antevejo o meu futuro, quando todos os outros projectos falharem: um consultório sentimental, com letreiro azul (cor-de-rosa, para além de fuleiro, era demasiado evidente) e uma base de dados com o nome de todos os meus amigos solteiros e descomprometidos que buscam incessantemente a sua alma gémea. Não me costumo enganar com os meus palpites.
- Bem, então achas que estás apaixonada por ele? Se sim diz-lhe, ele vai adorar saber.
- Não... não sei se estou apaixonada por ele. Conhecemo-nos há anos. Achas que agora é que eu me ía apaixonar por ele?
- Realmente o timing não é o melhor, mas provavelmente é mesmo isso que está a acontecer.
- O que é que eu faço?
- Um teste.
- Hã?
- Sim, um teste! Vamos ver: quanto tempo consegues passar sem olhar para o telemóvel, para ver se ele te ligou, mandou toques ou mensagens?
- Alguns minutos...
- Nos dias em que não o vês, implicas com o teu chefe e restantes colegas de trabalho? Por outro lado, nos dias em que estás com ele, todos te parecem tão simpáticos, tão queridos, tão fofos, que passas o dia com um sorriso de orelha a orelha?
- Na semana passada ía sendo despedida quando soube que ele se ía embora...
- Quando vais ter com ele a algum sítio combinado começas a sentir uma dorzinha na barriga, as pernas a tremer, e as mãos frias?
- Hummm... não sei.
- Ficas triste se ele não repara que cortaste o cabelo ou que tens um perfume novo?
- Um bocadinho...
- Então, útlima questão: de vez em quando, dás por ti a olhar para o espelho, a rir de alguma coisa que ele disse e que mais ninguém achou graça?
- ...
É oficial. Se estiverem a aplicar este teste e responderam afirmativamente à última questão nem precisavam de ter respondido às anteriores.
De facto, uma das coisas boas da vida é estar apaixonada!
- Estou, Isabel? O que se passa?
- Não sei bem...
Pausa. Ela liga-me seis vezes para dizer que não sabe bem o que está a acontecer... hummm.
- Estás bem?
- Não sei. Podemos falar? Vamos tomar café?
Minutos depois:
- Lembras-te de te ter falado no Miguel? (outro nome fictício, escusam de tentar adivinhar)
- Sim. (aquele que passava a vida a implicar com ela, por óbvia falta de coragem para lhe dizer que a adorava).
- Pois bem, o Miguel vai trabalhar para Itália e... não sei se quero que ele vá!
- Pois... mas tu sempre achaste que vocês eram só muito amigos!
- E somos, só que eu não quero que ele se vá embora.
- Claro, é porque continuas a achar que ele é só teu amigo!
- Não gozes comigo. Eu não sei bem o que fazer...
É nestas alturas que antevejo o meu futuro, quando todos os outros projectos falharem: um consultório sentimental, com letreiro azul (cor-de-rosa, para além de fuleiro, era demasiado evidente) e uma base de dados com o nome de todos os meus amigos solteiros e descomprometidos que buscam incessantemente a sua alma gémea. Não me costumo enganar com os meus palpites.
- Bem, então achas que estás apaixonada por ele? Se sim diz-lhe, ele vai adorar saber.
- Não... não sei se estou apaixonada por ele. Conhecemo-nos há anos. Achas que agora é que eu me ía apaixonar por ele?
- Realmente o timing não é o melhor, mas provavelmente é mesmo isso que está a acontecer.
- O que é que eu faço?
- Um teste.
- Hã?
- Sim, um teste! Vamos ver: quanto tempo consegues passar sem olhar para o telemóvel, para ver se ele te ligou, mandou toques ou mensagens?
- Alguns minutos...
- Nos dias em que não o vês, implicas com o teu chefe e restantes colegas de trabalho? Por outro lado, nos dias em que estás com ele, todos te parecem tão simpáticos, tão queridos, tão fofos, que passas o dia com um sorriso de orelha a orelha?
- Na semana passada ía sendo despedida quando soube que ele se ía embora...
- Quando vais ter com ele a algum sítio combinado começas a sentir uma dorzinha na barriga, as pernas a tremer, e as mãos frias?
- Hummm... não sei.
- Ficas triste se ele não repara que cortaste o cabelo ou que tens um perfume novo?
- Um bocadinho...
- Então, útlima questão: de vez em quando, dás por ti a olhar para o espelho, a rir de alguma coisa que ele disse e que mais ninguém achou graça?
- ...
É oficial. Se estiverem a aplicar este teste e responderam afirmativamente à última questão nem precisavam de ter respondido às anteriores.
De facto, uma das coisas boas da vida é estar apaixonada!
1 Comments:
ahhh pois é =) e ser correspondida é do melhor ;)
Curti o teu post, está bastante original... Continua assim! Tás lá, Cata =)
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