O Coisas Boas da Vida recomenda: a coluna de Ricardo Araújo Pereira desta semana na Visão.
Conhecem aquela espécie de intelectual que trata temas complexos, numa linguagem acessível a todos? Não aprecio. Mas o meu coração bate mais forte, quando se fala de Luís Freitas Lobo, colunista do Público, que faz o contrário: fala dum tema acessível a todos numa linguagem que ninguém entende. Isso é que é verdadeiramente prodigioso. (...)
Lemos um parágrafo de Freitas Lobo sobre futebol e percebemos de imediato que não temos formação suficiente para assistir ao Paços de Ferreira - Beira Mar, quanto mais a jogos da Liga dos Campeões. Ler Freitas Lobo é perceber que o futebol antigo, em que havia fintas, remates e golos morreu. No futebol moderno, basicamente, transita-se. (...) As equipas transitam que se fartam, hoje em dia. De fintas ou remates, Freitas Lobo não diz nada.(...)
Há uns 15 anos, o professor Fernando Venâncio publicou, no Jornal de Letras uma interessante recolha de textos das mais variadas proveniências, demonstrando que havia mais gente a escrevere «à Saramago» do que a ler-lhe os livros.
Será o rapaz licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa?
Porque assim de repente lembrei-me de uma professora que gostava de nos dizer que "a imagem é a modalidade específica da manifestação do ser enquanto algo que não está aí. A câmara obscura é uma amálgama social complexa, cuja existência como figura textual não é separável do seu uso maquínico.".
Teoria da Imagem e da Representação, 3º ano da faculdade, interessantíssimo. A docente ainda acrescentou, numa aparente tentativa de tranquilizar a audência incrédula: "Não há obrigatoriedade que a significação do universo visível seja imanente ao signo. Nunca o é. É sempre outro signo que a completa e lhe dá plenitude. Não é obrigatória a autonomia plena de um sistema de significação. Os vários sistemas funcionam como interpretantes uns dos outros.".
O problema era mesmo meu, que nunca fui capaz de encontrar um sistema (de entre tantos possíveis) que descodificasse as intenções sinsignicas, representamens ou discentes linguísticos da senhora.
Conhecem aquela espécie de intelectual que trata temas complexos, numa linguagem acessível a todos? Não aprecio. Mas o meu coração bate mais forte, quando se fala de Luís Freitas Lobo, colunista do Público, que faz o contrário: fala dum tema acessível a todos numa linguagem que ninguém entende. Isso é que é verdadeiramente prodigioso. (...)
Lemos um parágrafo de Freitas Lobo sobre futebol e percebemos de imediato que não temos formação suficiente para assistir ao Paços de Ferreira - Beira Mar, quanto mais a jogos da Liga dos Campeões. Ler Freitas Lobo é perceber que o futebol antigo, em que havia fintas, remates e golos morreu. No futebol moderno, basicamente, transita-se. (...) As equipas transitam que se fartam, hoje em dia. De fintas ou remates, Freitas Lobo não diz nada.(...)
Há uns 15 anos, o professor Fernando Venâncio publicou, no Jornal de Letras uma interessante recolha de textos das mais variadas proveniências, demonstrando que havia mais gente a escrevere «à Saramago» do que a ler-lhe os livros.
Será o rapaz licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa?
Porque assim de repente lembrei-me de uma professora que gostava de nos dizer que "a imagem é a modalidade específica da manifestação do ser enquanto algo que não está aí. A câmara obscura é uma amálgama social complexa, cuja existência como figura textual não é separável do seu uso maquínico.".
Teoria da Imagem e da Representação, 3º ano da faculdade, interessantíssimo. A docente ainda acrescentou, numa aparente tentativa de tranquilizar a audência incrédula: "Não há obrigatoriedade que a significação do universo visível seja imanente ao signo. Nunca o é. É sempre outro signo que a completa e lhe dá plenitude. Não é obrigatória a autonomia plena de um sistema de significação. Os vários sistemas funcionam como interpretantes uns dos outros.".
O problema era mesmo meu, que nunca fui capaz de encontrar um sistema (de entre tantos possíveis) que descodificasse as intenções sinsignicas, representamens ou discentes linguísticos da senhora.
2 Comments:
Há esperança! Entre a Teresa Cruz, a Maria Augusta Babo, o José Augusto Mourão e essa cangalhada toda, o Ricardo Fedorento sobreviveu, tu ainda aqui estás também e eu lá me vou aguentando. Não estão é testados os danos que a exposição a esse material radioactivo-semiótico-pregnante-hermenêutico nos causou...
Acho k partilhamos o mm problema eheheh Qualquer uma das senhoras, citadas pelo Pedro, falava, falava e não dizia nada... pelo menos que eu percebesse! lol
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