ESFHP 95-98
Cafés românticos, tristes, melancólicos. Encontros de fins-de-semana que juntam memórias, vivências, projectos e vidas que continuam a fazer sentido.
Alguém os definiu assim, como uma espécie de insulto, ecologicamente reciclado para a melhor descrição e elogio possíveis. Unidos por turmas de liceu onde as letras davam o mote e fervilhavam em mentes artísticas, filoóficas, inconformadas... Separados por cursos de direito, comunicação e outras literaturas, em cidades onde o Tejo e o Mondego passaram a guardar memórias, sem que o Zêzere e a serra deixassem de ser a nossa casa.
Anos de adaptações, crescimento, erros, revisão de prioridades, cabeçadas na parede, vitórias e lágrimas (das de alegria e das outras). Anos de decisões arriscadas, objectivos ambiciosos: a pressão de não desiludir e de corresponder às familiares expectativas. Anos em que os valores se consolidaram e nos tornámos melhores pessoas, melhores seres humanos, melhores amigos. Anos que, mesmo separados, acabámos por partilhar de alguma forma. Por isso, o nosso café é sempre romântico, triste, melancólico. Também por isso ele tem um sabor especial, ao das coisas boas da vida.
Nem todos os posts deste blog são auto-biográficos, o que equivale a dizer que a minha vida sentimental não é tão interessante quanto parece. No entanto, este post sou mesmo eu (somos mesmo nós) da primeira à última linha, o que equivale a dizer que tenho muita sorte com os Amigos que fui fazendo ao longo da vida.
Alguém os definiu assim, como uma espécie de insulto, ecologicamente reciclado para a melhor descrição e elogio possíveis. Unidos por turmas de liceu onde as letras davam o mote e fervilhavam em mentes artísticas, filoóficas, inconformadas... Separados por cursos de direito, comunicação e outras literaturas, em cidades onde o Tejo e o Mondego passaram a guardar memórias, sem que o Zêzere e a serra deixassem de ser a nossa casa.
Anos de adaptações, crescimento, erros, revisão de prioridades, cabeçadas na parede, vitórias e lágrimas (das de alegria e das outras). Anos de decisões arriscadas, objectivos ambiciosos: a pressão de não desiludir e de corresponder às familiares expectativas. Anos em que os valores se consolidaram e nos tornámos melhores pessoas, melhores seres humanos, melhores amigos. Anos que, mesmo separados, acabámos por partilhar de alguma forma. Por isso, o nosso café é sempre romântico, triste, melancólico. Também por isso ele tem um sabor especial, ao das coisas boas da vida.
Nem todos os posts deste blog são auto-biográficos, o que equivale a dizer que a minha vida sentimental não é tão interessante quanto parece. No entanto, este post sou mesmo eu (somos mesmo nós) da primeira à última linha, o que equivale a dizer que tenho muita sorte com os Amigos que fui fazendo ao longo da vida.
1 Comments:
Como escreves bem; como retratas bem as nossas emoções, sentimentos e experiências; tão bem que mesclas, em texto poético, os nossos desabafos, partilhas e inconfidências. Éramos/somos tão românticos, nostálgicos, inconformados...que recordo cada uma das banais conversas e dos efémeros momentos, guardo todas as cartas, bilhetes e fotografias que trocámos. Num dos grandes envelopes que recebi, corria o ano de 1998, dizia o seguinte: "O barco pode agitar ou enfraquecer as ondas, mas quem viaja é sempre o MAR!" (provérbio Moçambicano), que nunca mais esqueci. Somos tudo isso e ETERNOS também.
Grande beijo amiga Catarina
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