Marie Antoinette
Só agora pude ver o filme, mas valeu a pena esperar. Até porque, mais uma vez, discordo com a crítica que não apreciou propriamente o estilo ópera-rock de Sofia Coppola. Sempre gostei de ler e ver retratadas no cinema biografias de mulheres fortes, como Marie Antoinette. A fuga ao estereótipo da mulher louca e sem maneiras, que tanto chocaria a rígida corte de Versailles é digna de assinalar. A personagem é antes vista como uma jovem mulher, que aos 14 anos é casada com um marido sem sal, que só viria a consumar o casamento sete anos depois da sua data. As festas, os amantes, as orgias e os luxos contestados por um povo que passava fome são assim consequência dos espartilhos impostos pelo protocolo e por um marido pouco cumpridor dos seus desejos.
E que bem se conjugam as músicas de The Cure e Air, com os ambientes do século XVIII. Até umas sapatilhas All Star acabam por fazer sentido, misturadas com o calçado da rainha.
É impossível não nos identificarmos com Maria Antoinette, magistralmente interpretada por Kirsten Dunst. A nomeação para o Óscar da Academia deve ser certa (e mais que justa).
2 Comments:
Também adorei o filme e Kristen Dunst está fabulosa como Marie Antoinette. Sofia Coppola está de parabéns... nada como fugir a estereótipos e contar a história, k todos sabemos, à sua maneira =) Sublime!!!
Finalmente alguém que me compreende!=)Uma Marie ao jeito de Kristen, sem os sotaques "afrancesados" e uma banda sonora completamente fora da época. E ainda bem que é assim. Já para não falar das imagens, que parecem ter sido feitas com poesia. Para gostar do filme é preciso entender a perspectiva de Sofia; a ideia não era contar a história do povo (ele só aparece no fim para encerra o filme) mas sim a de uma menina que vivia num mundo que não era o seu.
Vânia HAPPY :)
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