A filha rebelde
foto de: Margarida Dias, TNDMII
Annie Silva Pais, filha do último director da Pide, foi a mulher que inspirou a peça de teatro em cena no D. Maria II. Tendo como base a obra dos jornalistas José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz, as cenas decorrem entre dois continentes e num período de trinta anos. De um lado a Cuba idealista e romântica (onde é que eu já ouvi isto?) de Che, do outro o Portugal cinzento e castrador de Salazar.
Annie chegou a Cuba a 12 de Outubro de 1962. Esposa de um diplomata suíço, rapidamente se interessa pelo ideal revolucionário de construção de uma democracia igualitária, contrariando a educação paterna e os valores do próprio marido. A adesão ao comunismo, o seu trabalho como tradutora e intérprete de Fidel e uma beleza física muito notada em Havana fariam com que mantivesse algumas relações amorosas com personalidades importantes do regime. O médico pessoal de Fidel e o ministro do Interior não resistiram aos encantos desta mulher. No entanto, a grande paixão da sua vida, aparentemente platónica, seria um homem com um poder de sedução também historicamente relembrado: el comandante.
Annie Silva Pais é representada, na peça, por Ana Brandão. Pelo palco vão passando vários actores, entre os quais se encontram Lídia Franco e Vítor Norte. A encenação fica a cargo da espanhola Helena Pimenta, que confessou ter consciência do risco de contar um romance cor-de-rosa, com uma personagem demasiado emotiva. Alguns críticos dizem que foi isto mesmo que fez, tendo apenas realçado o lado mau do regime português e a euforia do sonho cubano. É possível, mas também não me consigo lembrar de nada bom que pudesse ser evidenciado no Portugal daquele tempo.
Entre as jóias da peça encontram-se ainda um fabuloso guarda-roupa e uma orquestra ao vivo, com recriações das músicas cubanas da revolução. Ao facto de não existir música nas cenas passadas em Portugal antes do 25 de Abril, o director musical João Cabrita responde: "Portugal não era nada musical naqueles tempos". E não era, de facto.
Annie Silva Pais, filha do último director da Pide, foi a mulher que inspirou a peça de teatro em cena no D. Maria II. Tendo como base a obra dos jornalistas José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz, as cenas decorrem entre dois continentes e num período de trinta anos. De um lado a Cuba idealista e romântica (onde é que eu já ouvi isto?) de Che, do outro o Portugal cinzento e castrador de Salazar.
Annie chegou a Cuba a 12 de Outubro de 1962. Esposa de um diplomata suíço, rapidamente se interessa pelo ideal revolucionário de construção de uma democracia igualitária, contrariando a educação paterna e os valores do próprio marido. A adesão ao comunismo, o seu trabalho como tradutora e intérprete de Fidel e uma beleza física muito notada em Havana fariam com que mantivesse algumas relações amorosas com personalidades importantes do regime. O médico pessoal de Fidel e o ministro do Interior não resistiram aos encantos desta mulher. No entanto, a grande paixão da sua vida, aparentemente platónica, seria um homem com um poder de sedução também historicamente relembrado: el comandante.
Annie Silva Pais é representada, na peça, por Ana Brandão. Pelo palco vão passando vários actores, entre os quais se encontram Lídia Franco e Vítor Norte. A encenação fica a cargo da espanhola Helena Pimenta, que confessou ter consciência do risco de contar um romance cor-de-rosa, com uma personagem demasiado emotiva. Alguns críticos dizem que foi isto mesmo que fez, tendo apenas realçado o lado mau do regime português e a euforia do sonho cubano. É possível, mas também não me consigo lembrar de nada bom que pudesse ser evidenciado no Portugal daquele tempo.
Entre as jóias da peça encontram-se ainda um fabuloso guarda-roupa e uma orquestra ao vivo, com recriações das músicas cubanas da revolução. Ao facto de não existir música nas cenas passadas em Portugal antes do 25 de Abril, o director musical João Cabrita responde: "Portugal não era nada musical naqueles tempos". E não era, de facto.
1 Comments:
belíssima actriz a Ana Brandão.
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