segunda-feira, janeiro 29, 2007

Faltavam apenas alguns dias para realizar aquela viagem de trabalho há muito planeada. A empresa em que trabalhava precisava de um colaborador na Austrália, com um contrato de dois anos.
Sempre quisera partir assim, rumo ao quase totalmente desconhecido, sem os pés bem acentes na terra. Quando chegasse iria conhecer pessoas do mundo inteiro, fazer novas amizades, viajar muito, ... crescer, diziam todos. E ele acreditava.
Seria tudo perfeito, se não tivesse conhecido aquela rapariga no metro, e depois não a tivesse voltado a encontrar nos dois dias seguintes, até tomar coragem para lhe pedir o número de telefone. Tinha sido como nos filmes, ambos gostaram imediatamente do que viram e sentiram. Mas Pedro não queria avançar muito mais, como se aquilo que nunca chegara a dizer pudesse ser contido ou anulado.
Até que um dia ela lhe disse:
- Se não existe um futuro para nós, quero que o nosso presente seja sempre assim.

3 Comments:

Blogger Miss Vesper said...

Talvez seja apenas isso: aceitar o que o presente nos dá. Ou talvez seja apenas deixar que um sentimento se entranhe e passe então a fazer parte de nós. Como que uma batida e coração, não estamos porpriamente a contar sempre as pulsações, mas sabemos que são mais espaçadas ou mais curtas. Ao deixar entranhar, um sentimento assim torna-se parte desse espaço sincopado e não é preciso contar para saber que lá está. Talvez seja necessário então deixa-lo apenas bater.

10:00 da tarde  
Blogger Reflexo said...

« Mas num momento, o presente...se vive uma vida!»

12:43 da tarde  
Blogger anDrEIA said...

O presente é a única certeza que temos... nada como vivê-lo na sua plenitude e ter sp o amanhã como horizonte ;)

12:20 da manhã  

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