terça-feira, junho 05, 2007

Jogos de Infidelidade


Dois casais em plena crise matrimonial são o mote da história. Pouco original, mas ideal para uma tarde de domingo, ou para qualquer outra hora em que apeteça ir ao cinema e não levar com um filme super interessante, com um enredo todo elaborado e uns actores profundos, divinizados pela crítica.

Gostei e recomendo. Os actores são bons, e não me estou apenas a referir ao facto do David Duchovny ser bom todos os dias, até porque as duas actrizes femininas também estão muito bem. A Julianne Moore mantém o ar distante e misterioso que a caracteriza, típico daquelas pessoas a quem costumam dizer "nunca sei muito bem o que é que estás a pensar, pareces sempre tão serena, e de repente descobrimos que há um turbilhão de emoções aí dentro". (Onde é que eu já ouvi isto?). Maggie Gyllenhall para mim continua a ser a irmã gémea da Kirsten Dunst. Não fosse a Cris e eu estaria para aqui toda baralhada! Felizmente o Coisas Boas da Vida tem leitores assíduos e informados.
De volta ao filme: apesar dos diálogos não serem brilhantes oferecem-nos um sentido de humor que nos faz sentir bem. And if it makes you happy it can't be that bad, já cantava Sheryl Crow numa musiquinha do meu tempo. Eu diria antes If it makes you happy it can only be good.
É o filme ideal para quem tem dúvidas acerca da possiblidade de manter relações estáveis no século XXI. Numa época em que os casamentos são apresentados numa balança que tende muito mais para o lado das desvantagens, torna-se evidente reinventar novas formas de amar. Gostei sobretudo do final, num registo que tranquiliza os que, como eu, descaem perigosamente para o cepticismo (até porque estar a descair não significa obrigatoriamente estatelar-se ao comprido):
I am a Father.

I am a Husband.

And I am in love.

With you!

5 Comments:

Blogger Miss Vesper said...

pequena correcção a Maggie Brilhou na Secretária, esse sim um filme genial sobre relações... e ela não entrou no Marie Antoinette, por favor nao confundir a Maggie com a Kirsten Dunst... é outra liga:P
mas ainda que não brilhe, qualquer papel que faça tem o seu encanto, mesmo num filme "leve"...
mas como tu bem dizes um filme ideal para atrair um pouco de leveza só vem a bem...

já tive para ir ver o filme, mas ainda tenho uns quantos assim para o "puxadito" para ir ver... sou mais "insustentavel leveza do ser" o que se traduz em filmes ruminantes;)

3:11 da manhã  
Blogger Miss Vesper said...

"I am someone
maybe no one
but indeed one
in love with you"

parafraseando não sei muito bem quem.... ou talvez seja mesmo ninguem... parafrase existente por si só

3:13 da manhã  
Blogger anDrEIA said...

A mensagem final derrete qualquer uma :) Ahhh e não te preocupes pq eu tb confundo as duas actrizes e eu a pensar k era a única... eheheh
Tb gostei do filme, ideal para uma tarde de domingo ou um programa pós laboral pouco profundo... E também concordo contigo: David Duchovny é bom todos os dias... Irresístivel! :)

7:25 da tarde  
Blogger Inês said...

David Duchovny tem um misto de criança doce e de adulto misterioso (deve ser dos X-files). Enfim, de delirar:)

12:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Relações no século XXI...filme de domingo à tarde e tema de conversa de café, profunda e verosímil,no sábado à noite, num café da nossa época...

2:56 da manhã  

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