quinta-feira, fevereiro 21, 2008

«Tiraste-me o prazer de estar sozinho...»
A frase, ou a declaração de amor, resume a existência de um caçador apaixonado por África, pela terra, pelas gentes e pela sua liberdade. Denys Finch Hatton vive cada dia como se fosse o último, sem compromissos pessoais, numa terra em que «ninguém é de ninguém».
A baronesa Karen Blixen tem um sentido de propriedade e identidade diferentes. Uma relação apenas faz sentido num casamento e num marido a que pudesse chamar «seu», porque as aparências também contam e a vida nem sempre foi muito justa com as suas pretensões de elevação social.
Geneticamente incompatíveis, oriundos de universos distintos, apaixonam-se e vivem o último (e único) amor das suas vidas. Num filme onde a atenção do espectador se dispersa pelos cenários e pela (sempre fantástica) Meryl Streep, sobressai uma declaração de amor que não precisa de referir a palavra mágica para dizer tudo...